SAPINDACEAE

Serjania littoralis Somner & Ferrucci

EN

EOO:

45,729 Km2

AOO:

24,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie é endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), onde foi coletada na Região dos Lagos, no município de Armação de Búzios, na Ilha Rasa (R.D. Ribeiro 1001), no município de Arraial do Cabo, no Pontal do Atalaia (C. Farney 4684) e Morro do Miranda (C. Farney 4688) e no município de Cabo Frio, Perto da praia Rasa (P. Acevedo-Rodríguez 1448) e Baía Formosa (H.C. Lima 4706). Ocorrências descritas também para os municípios de Araruama (Somner, et al., 2014).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Rodrigo Amaro
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie de liana terrícola endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), onde foi coletada na Região dos Lagos no município de Armação de Búzios, na Ilha Rasa, Arraial do Cabo, Pontal do Atalaia e Morro do Miranda e, no município de Cabo Frio, próximo à praia Rasa e Baía Formosa. Apresenta registros de ocorrência descritos também para o município de Araruama (Somner et al., 2014), porém não confirmados. Possui EOO=40 km², AOO=24 km² e está sujeita a três situações de ameaça. Suspeita-se que a espécie sofra acentuada perda de qualidade de hábitat, já que a restinga onde era anteriormente encontrada foi praticamente eliminada nos últimos 20 anos (Leme, 2000). O principal motivo para essa perda marcante foi o crescimento de empreendimentos imobiliários e loteamentos que hoje dominam o cenário local (Davidovich, 2001; Bohrer et al., 2015). Além disso, a espécie ocorre em regiões muito exploradas turisticamente sem a devida fiscalização.

Último avistamento: 2008
Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Ann. Bot. Fenn. 46(5): 480 (479-483; figs. 1-2). 2009 [30 Oct 2009].

População:

Detalhes: Trepadeira comum em todo bordo de fragmento coletado na sua localidade de ocorrência na Ilha Rasa, no município de Armação de Búzios (R.D. Ribeiro 1001). Descrita como frequente também na Mata do Centrinho, Baía Formosa, no município de Cabro Frio (H.C. Lima 4706).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: liana
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Restinga
Fitofisionomia: Vegetação de Restinga
Habitats: 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Liana terrícola, heliófila (A.A.M. de Barros 1582) de ocorrência em domínios fitogeográfico Mata Atlântica, em áreas de Restinga (BFG, 2015).
Referências:
  1. BFG (The Brazil Flora Group), 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4):1085–1113. Doi: 10.1590/2175-7860201566411.

Reprodução:

Detalhes: Encontrada com flores em maio (C. Farney 4684) e junho (H.C. Lima 4706) e com frutos em julho (R.D. Ribeiro 1001) e agosto (C. Farney 4788).
Fenologia: flowering (May~May), flowering (Jun~Jun), fruiting (Jul~Jul), fruiting (Aug~Aug)

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1 Residential & commercial development locality,habitat,occupancy,occurrence,mature individuals past,present,future regional high
O adensamento populacional na Região dos Lagos vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas, em função, principalmente, de investimentos na infraestrutura de transporte, que facilitou o investimento imobiliário (Davidovich, 2001). Cabo Frio vem apresentando nas últimas quatro décadas um ritmo de crescimento bem acima da média estadual e mesmo nacional, em decorrência dos royalties da exploração de petróleo na plataforma continental, mas sobretudo por sua vocação para o turismo em sua orla marítima, que influenciou toda sua infra-estrutura urbana (Ribeiro e Oliveira, 2009). As áreas antrópicas recobrem cerca de 60% da área da região de Cabo Frio, e arredores, um importante centro de biodiversidade mundial (Bohrer et al., 2015). As áreas mais afetadas estão localizada nas sedes municipais, no entorno da Lagoa de Araruama, ao longo das rodovias RJ 106 e RJ 140 e nas áreas costeiras (Bohrer et al., 2015). A vegetação de restinga, outrora existente entre os municípios de Cabo Frio e Casimiro de Abreu, foram praticamente eliminadas nos últimos 20 anos. O principal motivo para essa perda foi a acentuada crescimento de empreendimentos imobiliários e loteamentos que hoje dominam o cenário local (Leme, 2000).
Referências:
  1. Leme, E.M.C. 2000. Nidularium - Bromélias Da Mata Atlântica. Sextante, Rio de Janeiro, RJ.
  2. Ribeiro, G., Oliveira, L.D. de. 2009. As Territorialidades da Metrópole no Século XXI: Tensões entre o Tradicional e o Moderno na Cidade de Cabo Frio-RJ. Geo UERJ 3, 108–127.
  3. Davidovich, F. 2001. Metrópole e território : metropolização do espaço no Rio de Janeiro. Cad. Metrópole 6, 67–77.
  4. Bohrer, C.B. de A., Dantas, H.G.R., Cronemberger, F.M., Vicens, R.S., Andrade, S.F. de. 2015. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Mapeamento da vegetação e do uso do solo no Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio , Rio de Janeiro. Rodriguésia 60, 1–23.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas locality,habitat,occupancy,mature individuals past,present,future local medium
A espécie ocorre em regiões muito exploradas turisticamente, sem a devida fiscalização, representando, consequentemente, uma ameaça à conservação da biodiversidade.